Doenças do coração aumentam o risco de AVC
Pesquisas têm reforçado uma conexão importante entre o coração e o cérebro: doenças cardiovasculares estão diretamente ligadas ao risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC representa um dos maiores desafios da saúde pública global.
Especialistas explicam que, embora o AVC aconteça no cérebro, muitas vezes a origem está no coração. Condições como fibrilação atrial, hipertensão arterial e aterosclerose favorecem o surgimento de coágulos ou o estreitamento de artérias, dificultando o fluxo de sangue e aumentando as chances de um evento cerebral. Quando o sistema cardiovascular é bem cuidado, o risco de derrame diminui significativamente.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da American Heart Association (AHA) também mostram que os homens estão mais propensos ao AVC do que as mulheres. Pesquisadores apontam que essa diferença está relacionada ao comportamento preventivo: as mulheres, em geral, buscam mais acompanhamento médico e realizam exames de rotina, enquanto os homens costumam adiar os cuidados com a saúde.
Os sintomas de um AVC aparecem de forma súbita e exigem atenção imediata. Fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar, perda de visão, desequilíbrio e dor de cabeça intensa são sinais de alerta que pedem socorro urgente. O atendimento rápido é fundamental para reduzir sequelas e salvar vidas.
A boa notícia é que grande parte dos casos pode ser prevenida. Controlar a pressão arterial, manter o colesterol e o diabetes sob controle, evitar o tabagismo, praticar atividade física e adotar uma alimentação equilibrada são atitudes que ajudam a proteger o coração — e, consequentemente, o cérebro.
Coração e cérebro trabalham em sintonia. Cuidar de um é proteger o outro.
